PERGUNTAS PODEROSAS Forums Pergunta da semana Como deve agir um mediador para se manter neutro, imparcial e equidistante, numa situação de flagrante desequilíbrio de poder entre os envolvidos no conflito?

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  • Jorge Fernandes
    Mestre
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    Como deve agir um mediador para se manter neutro, imparcial e equidistante, numa situação de flagrante desequilíbrio de poder entre os envolvidos no conflito?

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Ao meu juízo, o mediador precisa utilizar todas as ferramentas de mediação apropriadas e disponíveis para tentar entender os motivos que levam a tão flagrante desequilíbrio de poder entre os envolvidos no conflito. As sessões individuais podem ser muito úteis nesses casos. Uma advogado competente e acolhedor também pode ajudar. Até mesmo a sugestão de apoio profissional especializado na área de psicologia pode surtir bons efeitos. Novas sessões de mediação podem ser necessárias no sentido de mitigar ou diminuir o desequilíbrio. E não havendo possibilidade de alcançarmos uma relação equilibrada entre os mediandos, a mediação deve ser encerrada.

    Elaine Noly Barrocas
    Participante
    Número de postagens: 8

    É comum um desequilíbrio de poder entre os envolvidos. A princípio penso que, entretanto, aceitar estar na mediação, avisado de como será o trabalho, já é um sinal de poder. Neste caso, costumo investir um pouco mais no caucus. E, também, na exploração dos sentimentos de ambos, a fim de favorecer a apresentação da vulnerabilidade de um e, também, do outro, objetivando que observem mutuamente suas fragilidades. Flar das próprias fragilidades já é empoderadr. A inversão de papéis é uma técnica que pode colaborar também aí.

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Estimular ao máximo a conversa direta entre as partes e o respectivo empoderamento. Diversas vezes isto dá certo e a parte mais fraca acaba crescendo. Tbm já ocorreu comigo que a parte mais fortalecida pela primeira vez escutou uma explanação quase objetiva da outra parte sem ser apenas lamentos e queixas e acabou com um comportamento mais ponderado.

    Colaboradora: Ivone Saraiva

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Ouvi numa palestra que o comportamento das pessoas numa mediação nem sempre é previsível, por mais simples, aparentemente, que seja a questão a ser mediada. Da mesma forma, a situação de desequilíbrio requer o uso das ferramentas aprendidas. Se mesmo assim permanecer o desequilíbrio, acredito que deve haver uma redesignação.

    Colaboradora: Ana Faustino

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    No meu entendimento, se o desequilíbrio for grande, dou como imediável. Vejo a necessidade da lei para tentar equilibrar a situação.

    Colaboradora: Denise Boechat

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Primeiro; se o desequilíbrio é em relação ao número de profissionais que acompanham um dos mediandos, procuro ponderar, que seja escolhido entre eles, UM (1) para participar da sessão acompanhando o cliente, e explico que a razão da solicitação, é pq primamos pelo equilíbrio entre as partes. Como já aconteceu comigo, e o advogado não aceitou minha ponderação; perguntei a outra parte e seu advogado, se sentiam confortáveis em participar naquela condição. … Mas se o desequilíbrio for de poder de negociação, encerro e dou por não mediável. Não sei se estou certa, mas como a situação se apresentou assim, tive tomar uma atitude, procurando ser o mais neutra e equilibrada possível diante do contexto.

    Colaboradora: Dulce

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Nas sessões online ou anteriormente nas presenciais. Busco uma forma para que as partes possam se sentir confortáveis e com acesso a uma decisão informada. O recurso do reagendamento para que uma das partes busque um contato com defensor ou advogado tem sido de grande ajuda. Mesmo quando o defensor não pode comparecer a sessão o fato da parte ter recebido uma orientação, já lhe garante uma decisão mais segura. Tem funcionado muito. Inclusive com presença dos defensores nos reagendamentos.

    Colaboradora: Fátima Marques

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Principalmente em ações de Convivência /Guarda. E na atual situação de Pandemia.
    Percebo os juízes buscando ouvir os profissionais da equipe psicossocial para decisões.
    E a Mediação com a presença dos defensores/advogados tende-se a dar transparência / proteção ao direito do menor.
    Em mediação em casos de família, em sessão já ocorreu: pedidos de devolução para avaliação psicossocial por defensor/advogado após relato das partes, devido a insegurança gerada.
    Renuncia de advogado pelo discurso contraditório da parte que patrocinava em sessão etc etc…
    Apesar de todos os recursos e ferramentas possíveis de aplicabilidade, não podemos esquecer que a mente humana também é uma caixinha com inúmeros recursos e ferramentas…

    Colaboradora: Fátima Marques

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