PERGUNTAS PODEROSAS Forums Pergunta da semana Que atitude você teve em uma mediação e se arrependeu? O que faria diferente hoje?

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  • Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Que atitude você teve em uma mediação e se arrependeu? O que faria diferente hoje?

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Jorge Fernandes: Em uma mediação de família, eu me irritei com um advogado jovem que, ao meu juízo, além de ser extremamente arrogante, revelou-se despreparado, confundindo guarda alternada com guarda compartilhada. Infelizmente, tornei-me um disputante. Tentei reverter tal situação e não foi possível chegar a um entendimento. Hoje, eu ficaria em silêncio, talvez pedisse uma pausa para conversar com a equipe, enfim, faria tudo para não me tornar parte na disputa.
    Jana. Tudo faz parte, os erros também. Uma vez numa mediação, em razão da flagrante alienação colocamos um vídeo para ser visto, que inclusive pertence ao CNJ. A parte que ficou indignada, mas não com a mensagem do vídeo e sim porque era da Globo. Quase perdemos aquela mediação, mas acabamos conversando depois e houve o retorno.
    Jana: Errar é humano. Somos e tratamos de humanos.
    Raquel Fontes: Jorge reconhecer os nossos erros faz parte no nosso autoconhecimento. Quem nunca? Quase sempre ao final de uma mediação fico a refletir o que mais poderia ter feito? Abordei o que foi necessário? Foi imparcial, neutra? o que me impactou? Sempre há o que melhorar. Não nascemos prontos! Ao longo dessa minha caminhada pelo exercício da Mediação deixo como reflexão de Mia couto: “Para que as luzes do outro sejam percebidas por mim devo por bem apagar as minha, no sentido de me tornar disponível para o outro.”
    Roberta Fanti Bom dia! Errar é humano, mas acredito que todos nós os pacificadores estamos em busca de um mundo melhor.
    Nossa semente está sendo lançada, acredito sinceramente que num futuro próximo colheremos muitos frutos.
    Bendito sejam aqueles que acreditam na pacificação!
    Fatima Marques: Acredito que uma situação que permaneça na lembrança por vezes ficou pendente. Numa mediação de família para convivência a um bom tempo. Bem antes da pandemia, um casal iniciou um diálogo. Alguns avanços foram feitos e havia a boa vontade de ambas as partes. Participaram da Oficina de Parentalidade. Conversaram sobre o motivo da filha ter sido convidada a sair da escola pela direção desta, fato desconhecido pelo pai. Mas a ida das filhas com o pai ao cinema para assistir a um filme da Disney chamado Malévola, a pedido das próprias filhas que queriam muito assistir. Desandou a mediação… Esse filme foi o “gatilho” de divergências religiosas entre o casal. Aparentemente demostraram que queriam continuar e acho que estávamos no terceiro encontro. Reagendamos o quarto … Mas a mãe não apareceu. O pai relatou ter dificuldade de encontrar as folhas novamente.
    O que não foi feito? Que estratégia poderia ter sido usada? As ferramentas foram utilizadas de forma adequada?
    Não sei…
    Mas essas filhas não me saem da cabeça.
    Quantos entraves são vividos e impostos!
    Dificultando o caminhar sereno…
    Cada um tem seu tempo de amadurecimento e trabalho interno… Mas quando isso impacta a vida de terceiros é bem difícil!
    Terezinha: Olá, boa tarde para todos. Demorei a responder, pois estava bastante reflexiva sobre o tema . E a minha resposta pode parecer paradoxal , pois eu nunca experimentei nenhuma frustação nas mediações que fiz , não porque me considerei a melhor, mas simplesmente porque eu estava ali ( daí o paradoxo) e com licença daquelas pessoas eu participava em nome de um poder instituído e imposto a elas e sentia-me constrangida por estar naquele lugar e aos poucos , ia percebendo que aquelas pessoas me aceitavam , fosse , agora por um motivo mais intrínseco do que extrínseco . Acolhendo-as eu ia percebendo que eu era aceita . E, por esse motivo , o que acontecia ali e o que acontece na mediação , não me pertence . Pode sim, atingir-me, pode, sim, demonstrar a minha impotência frente a tantas situações que vivenciamos na mediação, mas faz parte . Mas , sempre saio com o sentimento de dever cumprido : seja neutralizando um conflito , seja por um acordo de um pequeno recorte da vida delas , seja ajudando o advogado a resolver questões que pareciam embaraçosas ou não ajudando . Enfim , saio das mediações sempre aprendendo um pouco de mim, das minhas relações sociais ( familiares, profissionais …. etc. ) mas saio sempre completa, haja o que houver, pois estive ali presente porque recebi a permissão para estar .
    Shirley: Em pedir que os advogados não participassem da mediação. Hoje perguntar da possibilidade deles não participarem, e que no final eles entram para finalizar.
    Katia Floriano: Eu fiz um teste de realidade sem ser em caucus, o que me ocasionou problemas com uma das partes.

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