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  • Jorge Fernandes
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    Fátima Marques: A contribuição é muito grande. Estão com conhecimentos fresquinhos e por vezes o Mediador pode estar precisando de um retorno de seu trabalho para instiga-lo a melhorar ou refletir. Importante que o observador também perceba que entre a teoria e a prática há mudanças e também estar como Mediador, não significa que possa ter toda a percepção de imediato, por vezes a troca dá luz aos fatos.Enfim toda troca é válida quando há respeito, sigilo, empatia e segurança.

    Elaine Barrocas: Gostei da pergunta! Gosto muito de ter observadores do meu trabalho. Prefiro quando são curiosos e não que falem, simplesmente, q eu fiz tudo direitinho. Gostaria q se ativessem mais à técnica q ao caso (mas sei q discutir a vida dos outros é uma tentação). Meu sonho é um observador perguntar qual era o objetivo com tal e tal pergunta. Sempre procuro mostrar a eles os momentos em que usei técnicas.

    Terezinha: Bom dia a todos . A meu ver ,vários aspectos são importantes : A possibilidade do contato com a realidade da Mediação -da teoria ,do ligar que tangencia a vida pessoal, do limite da utilidade da aplicação da teoria é um lugar de aprendizado efetivo .Eu comecei a Mediação em Mova Friburgo ,fui observadora durante 2 anos e nas poucas vezes que atuei como Mediadora ,antes de vir para a Capital, sentia-me insegura pelas críticas que recebia dos observadores e da supervisão, o que levou-me a pesquisar sobre Mediação e a importância do meu lugar de observadora, não sei se contribui com a equipe, mas instigou-me
    O outro aspecto trazido por Marines Suarez é da equipe reflexiva ,todos no mesmo Nível ,sem ego ,sem palco, analisando ,mapeamento , desenhando pensamentos, estratégias ,deslocando lideranças do grupo ,fazendo reuniões de trabalho. Enfim : uma pena que a ideia que nos permeia é a ideia de que o Observador está no lugar de estagiário apenas.

    Ana Faustino : A principal contribuição é a troca: mediador e observador, guardadas, evidentemente, as devidas proporções de professor e aluno, trocam conhecimentos.

    Jorge Fernandes: Gostaria de ter vivenciado experiências mais enriquecedoras de troca e aprendizado com os observadores que trabalhei. Parte expressiva deles estava mais interessada em comentar o caso do que avaliar o meu trabalho. Somente faziam isso quando eu os avisava do papel deles no processo de mediação e, assim mesmo, os comentários eram breves e com pouca profundidade.

    Terezinha : Dependendo da complexidade da situação sempre sugiro uma reunião com a equipe para termos oportunidades de ouvir s impressão de todos e tomar decisões em conjunto .Gosto muito da conversa final ,da troca de percepções e interatividade . Estamos em um caso em que estão envolvidas 19 famílias , interesses de um Municipio ,pois trata-se de uma ocupação . Como resolver sozinha ,sem a ajuda da equipe? Por outro lado : confesso que ,por vezes ,administrar um observador novato que acabou de sair de um curso é bem estressante.

    Cátia Penner: Tal e qual a vc, @Jorge Fernandes, eu tb gostaria de ter vivenciado experiências mais enriquecedoras de troca e aprendizado com os observadores, que trabalhei, e mesmo eu reforçando o papel dos observadores antes da Mediação, vi de tudo: colegas dormindo, olhando celular, conversando, respondendo colocações das partes, dando cartão pessoal para as partes etc…e na reunião pós Mediação, comentando o caso e julgando, e quando eu cobrava análise das técnicas utilizadas e oportunidades de melhoria para a sessão, os comentários eram breves e sem profundidade, resumindo a elogio.

    Elaine Barrocas: Comentários semelhantes, interessante. Sempre comento q gosto de observador com “sangue nos olhos” (em relação às técnicas).

    Cátia Penner: Eu tb gosto…e que na reunião pós Mediação se coloque tecnicamente, mas ainda não os encontrei, infelizmente.

    Márcia Barros: Eu creio que é sempre bom termos um feedback pois as vezes com a prática diária, podemos esquecer algo da teoria. Meus momentos são sempre muito ricos nas supervisões, não só ensino, mas também aprendo. São as trocas que nos agregam. Só levo boas experiências e gratidão desses momentos.

    Pedro Olano : Cada membro da equipe tem sua função. Eu gosto de fazer reunião depois das sessões. Sempre é bom ter feedback dos observadores, especialmente porque a mediação permite diferentes campos profissionais e isso faz com que as perspectivas de abordagem sejam bem diferentes, isso enriquece muito a experiência. Também como alguém comentou, os observadores estão “recém saídos do forno”, quentinhos enquanto ao conhecimento teórico. Isso ajuda. Como todos já passamos por experiências similares, teve também situações em que observadores faziam rapidamente suas criticas sem levar em consideração uma serie de fatores que, entre a teoria e a prática existe um vão grande, outros queriam dar sua pitada na sessão desde a tribuna. É parte do mediador fazer essa parte de
    treinamento chato., para isso estão lá, para receber o treinamento prático e recai sobre a nossa responsabilidade. Como diz a musica: “Ado Ado cada um em seu quadrado”.

    Ivone Saraiva : Concordo com você Pedro. Algumas vezes os observadores tem pressa em dar a opinião e as vezes se tornam superficiais. Entretanto, quando há tempo, um toque nosso de qualidade, os ajuda e a nos tbm.

    Sula Covre : O correto seria dar o retorno sobre os procedimentos porém o retorno na.minha experiência foi mínima .

    Ednéia : Não tive esta experiência, mas seria bom que eles pudessem colaborar com algum apontamento.

    Carol Bassin: Gente eu nunca tive oportunidade de falar absolutamente nada quando completei as horas como observadora.Que eu me lembre nenhum mediador vinha falar comigo depois rs.Só conversava com a minha corrdenadora mesmo.Nem tinha essa oportunidade… acabava mediação todos levantavam e beijos e tchau rs

    Luciene Mediadora: Aqui em. Nova Friburgo nós encontramos 30 minutos antes e 30 depois. Prezamos essa troca com toda a equipe.

    Carol Bassin: Posso estar enganada mas não me lembro mesmo. Quando estava mediando junto eu me lembro de ter sim essa interação antes e depois. Mas como observadora não.

    Rosali Aguiar: Na minha experiência pessoal até 2015, os observadores foram fundamentais com suas observações e comentários. Ao final de cada mediação eu e minha/meu companheira/o mediador/a reuníamos com os observadores para conversar, saber como fomos em suas observações, pedíamos feedback para melhor desempenho. Era um trabalho em equipe. Inclusive, combinávamos com os observadores dicas que ajudavam muito quando algo estava sendo notado pelo observador e passava sem observação do mediador. Muitas dos colegas que observaram as minhas mediações, hoje, são excelentes mediadores tendo me superado em muito. A partir de 2016, lentamente as coisas foram mudando, até que se transformou no que vemos hoje. Não quero com isso generalizar condutas. Respeito todas as posições voltadas para o consenso. Penso que ainda exista muitos mediadores preocupados em manter a humildade do aprendizado constante, empenhados em trocar, dar e receber ajuda. Assim, na minha experiência profissional durante o período informado, recebi muito dos observadores que cumpriram o seu papel.

    Neyse Amin : Na Mediação Comunitária é comum nos reunirmos um pouco antes para alinhar as coisas e depois de cada encontro para trocarmos olhares, ouvirmos os Observadores, comentarmos sobre a dinâmica, se faríamos algo diferente, o motivo pelo qual usamos este ou aquele recurso… Esta experiência tem sido muito rica para todos os envolvidos, tanto que, quando iniciei como Observadora na Mediação Judiciária, sugeri adotarmos tal prática e, sempre que possível, fazemos um briefing, principalmente após a sessão.

    Izabel : Observadores são ótimos. Tenho belas experiências e as vezes puxões de orelha. Faço mediação há 6 para 7 anos no judiciário, desta forma os observadores nos ajudam a retomar algumas coisas do protocolo que o tempo e a confiança e até a descoberta de novos caminhos nos fazem abandonar. No mínimo refletir é excelente. Creio que quando o mediador certificado estiver com observadores em fase de estágio, cabe a este mediador já deixar claro no início da mediação, a permanência para a autos-supervisão. Esta é a rotina que tenho aqui em Porto Alegre. Faço questão deste debate. Aos poucos vou introduzindo os observadores no papel de mediadores. Primeiro fazendo a declaração de abertura até a condução da mediação. Por último mediamos conjuntamente para treinar o compartilhamento deste espaço.

    Elaine Barrocas : Na mediação judicial da qual participo há a orientação da coordenação do CEJUSC de conduzirmos a reflexão pós sessão para a conversa sobre os recursos técnicos q foram usados ali. Evitando estender para o caso em si.

    Izabel Grupo Marcelo : Costumo debater um pouco o caso, após as reflexões do protocolo. Creio que isto é positivo. Sempre pergunto: como vcs entenderam o que está acontecendo. Quais são os caminhos possíveis para este caso…Creio que isto ajuda no sentido de apurar a percepçao do mediador e discernir o que é entendimento e o que julgamento.

    Roberta Fanti : Bom dia Fiz minha formação em mediação transformativa de conflitos no projeto Cantareira, em São Paulo. Lá os observadores recebem o nome de equipe reflexiva. Nome que acho que caiu como uma luva.
    No atendimento São dois mediadores, que a todo momento podem e devem solicitar ajuda da equipe reflexiva, e como ajudam. É uma observação maravilhosa, que muitas vezes o mediador em campo não observa.Já fui salva, muitas vezes por perguntas da equipe.Fazíamos ainda, após cada mediação uma conversa entre todos da equipe. Tínhamos também após cada mediação, um relatório da mediação. Todo este trabalho me ajudou muito.Sim, cumprem com seu papel.

    Elaine Barrocas : Os colegas da equipe reflexiva estão em formação ou são mediadores, nessa experiência?

    Roberta Fanti : Neste caso, todos ainda estavam em formação. Porém tínhamos duas professoras que participavam da equipe reflexiva. Foi nosso estágio, neste grupo, eram duas professoras e seis estagiários.

    Jorge Fernandes: Bom dia, Roberta! Fiquei feliz ao ler sua resposta. Infelizmente, a minha experiência foi bem diferente. Acho o trabalho dos observadores muito importante e faço de tudo para valorizá-los. Ao meu juízo, pode estar havendo alguma falha na formação dos mediadores aqui no Rio de Janeiro.

    Ana Claudi : Acho importante a posição dia observadores em sala presencial . Quando os recepciono, procuro conversar antes e depois também. On line, como não são participativos, peço para desligar câmeras pois qualquer expressão involuntária, pode influenciar a interação entre as partes, visto que aparecem em primeiro plano corporal .

    Elaine Barrocas Também peço. A idéia é ter menos pessoas ocupando espaço na tela e os observadores passarem, mesmo, despercebidos. E, no presencial, os convido a ocuparem cadeiras atrás dos mediandos. Não é equipe reflexiva.

    Terezinha Med NFrib: Eu penso que o Observador deveria ter um lugar além de ser apenas aprendizes .Mesmo no on line os observadores ficam com a câmera aberta ,pois a presença deles é importante .Gosto muito de observar ,pena que as oportunidades são poucas . Mas a ideia do mediador ter o primeiro contato com a Mediação através da observação é uma ideia muito boa .
    Cátia Penner: Experiência interessante de estágio para a turma!

    Ana Claudia: O complicador é a expressão é o rapport passado para as partes de forma involuntária. Ontem, fiz uma audiência, e estava indo tudo bem.. uma Advogada bocejou e virou o olho uma vez.. cada movimento involuntário desse ( foi involuntário – somos todos humanos) a outra parte se irritava e alterava o discurso. Não comentava, mas era notório que atrapalhava e eu já ia mudando e analisando o que poderia sanar sobre o tema comentado no momento.

    Odmir Fernandes: Comunicação não verbal. 93% é assim, só 7% é verbal, segundo estudos.

    Terezinha : Acho tudo isso normal ,não podemos nos prender na perfeição e controle .Tudo é material de trabalho e se desandar ,desandou .O advogado também está sendo mediado e ele tem a liberdade de ser quem ele é .

    Ana Claudia Med: O advogado está para dar suporte jurídico aos mediandos na minha leitura.Tem partes que são facilmente influenciáveis na decisão a tomar em um entendimento que está sendo a dois.

    Terezinha: Eu não concordo com a câmara fechada dos observadores .Tenho obtido excelentes resultados com a interatividade deles e ,em conhecê-los de perto ,na conversa após as sessões .Afinal ,sobre esse tema deveríamos refletir sobre a proposta de inclusão ,sempre lembrada nas mediações .Esse exemplo deveria partir de nós ,mediadores ,abrindo as câmeras dos observadores .

    Roberta Fanti : Também acho um importante trabalho, aprendi muito no projeto Cantareira.
    Quando tudo passar, posso falar com o promotor de justiça coordenador, para receber vocês nas mediações.
    Acho tão importante a experiência oferecida neste lindo projeto. Deveria ser modelo em todo Brasil.

    Ana Claudia : Mas eles tem a participação deles… conversamos antes, explicando técnicas, movimentações de intercurso e depois da sessão fazendo análise do caso e expõem sua opinião. Estão inclusos, mas durante a sessão a ideia é as partes que tem de conversar . O mediador só facilita o diálogo . Quanto mais interferência, mais o diálogo fica em risco.

    Terezinha : Não podemos esquecer que o advogado é parte na Mediaçao e o cliente é dele e não nosso.

    Pedro Olano: Gosto de ser fundamentalista no processo para não desvirtuar o Conceito de “Mediação” Esta tem as suas peculiaridades assim como Concilação e outros métodos de resolução de conflitos.
    Por tanto é importante que o/os Mediadores que estão na mesa, são ativos. E, como a palavra descreve, os Observadores que não estão na mesa de atividade, precisam observar. Eles estão para aprender a prática de como usar os conhecimentos e ferramentas. Depois da sessão podem dar seus opiniões e palpites, não durante. Os mediadores criam um ambiente seguro, de confiança, em que a intervenção dos observadores, seja online o presencial pode atrapalhar a comunicação e quebrar o rapport criado. Aconteceu muitas vezes que os mediados se viram para dirigir-se aos observadores porque eles fizeram algum comentário que eles acharam que foi a favor deles. Tivemos que fazer caucus para concertar a situação.

    Pedro Olano: Cada um tem seu lugar e desenvolve o papel que tem que fazer.

    Ana Claudia: Não concordo. Na mesa da mediação, o advogado é um colaborador jurídico. As decisões são das partes .O advogado participar de forma colaborativa, óbvio ser bem vindo por ser profissional de confiança e braço forte da parte, passando segurança… jurídica. Mas, atento para que a mediação ser entre partes.É isso.

    Fatima Marques Med: Como já havia me manifestado, valorizo a presença dos observadores.Nas medicações que atuo eles ficam com câmera aberta. Havendo individual faço um bate bola. E no final trocamos mais reflexões. Havendo reagendamento, conversamos sobre a pauta.Afinal os observadores são profissionais graduados com 2 anos ou mais e tem experiências a contribuir.Alguns são Psicólogos, Assistentes sociais, peritos etc.

    Luiz Sérgio: Prá mim, considero os advogados na Mediação figuras coadjuvantes com apenas duas funções: aconselhar e orientar seus clientes e ajudar as partes na redação de eventual acordo.

    Terezinha: O advogado na Mediaçao é um Bom assunto para reflexão .
    Luiz Sérgio Med: Sugiro que seja a próxima Pergunta Poderosa…

    Paula Sady : Olá pessoal, Resposta muito interessantes. Não ando me manifestando, mas leio constantemente e parabenizo o @Jorge Fernandes pela organização e temas. Para quem já esteve me observando, sabe como prezo está posição na mesa de mediação. O Observador está participando após ter apreendido a teoria, logo está vivenciando a prática que se difere em muito da teoria. O seu papel além de aprender também é o de colaborar, pois ele está no “balcão” constantemente e isso lhe proporciona um olhar diferenciado da equipe de mediadores.
    Vale combinarmos antes do início como a dinâmica se dará entre mediadores e observadores e ao final fazermos o Feedback para ouvi-los e pensarmos juntos o procedimento. Quando se trata de mediação presencial não o observador costuma, se for possível, ficar nas costas dos mediandos (evitar desvio de foco, aliança, visualização de expressão não corporal etc).Na mediação on-line e cara a cara então, como nas competições inclusive, penso que se faça necessária câmera fechada, até pq a demanda para o mediador já é sobrecarrega neste ambiente.
    Logo, a câmera fechada ajuda a manter mediandos e mediadores com foco nas telas, que já nos limitam em nossas atuações.Quanto aos advogados, eles são parte da equipe de mediação!Eles conhecem o cliente, sabem as fragilidades e podem nos ajudar a pensar possibilidades, pq mesmo sendo advogada, não estou advogada e sim mediadora. Quando incluímos os advogadoss as partes se sentem seguras com o procedimento.Cada um no seu círculo, contudo fazendo interseção o tempo todo!

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Jorge Fernandes – “Atualmente, com base na política pública preconizada pelo Conselho Nacional de Justiça e consolidada em resoluções e publicações diversas, pode‑se afirmar que a conciliação no Poder Judiciário busca: i) além do acordo, uma efetiva harmonização social das partes; ii) restaurar, dentro dos limites possíveis, a relação social das partes; iii) utilizar técnicas persuasivas, mas não impositivas ou coercitivas para se alcançarem soluções; iv) demorar suficientemente para que os interessados compreendam que o conciliador se importa com o caso e a solução encontrada; v) humanizar o processo de resolução de disputas; vi) preservar a intimidade dos interessados sempre que possível; vii) visar a uma solução construtiva para o conflito, com enfoque prospectivo para a relação dos envolvidos; viii) permitir que as partes sintam‑se ouvidas; e ix) utilizar‑se de técnicas multidisciplinares para permitir que se encontrem soluções satisfatórias no menor prazo possível. Nesse contexto, pode‑se afirmar que a conciliação no século XX, na perspectiva do Poder Judiciário, possuía características muito distintas das já existentes em muitos tribunais brasileiros no século XXI e pretendidas em alguns outros que ainda não modernizaram suas práticas de capacitação e supervisão de conciliadores. Assim, pode‑se afirmar que ainda existe distinção em relação à mediação, todavia, a conciliação atualmente é (ou ao menos deveria ser) um processo consensual breve, envolvendo contextos conflituosos menos complexos, no qual as partes ou os interessados são auxiliados por um terceiro, neutro à disputa, ou por um painel de pessoas sem interesse na causa para ajudá‑las, por meio de técnicas adequadas, a chegar a uma solução ou acordo.”
    Texto extraído do Manual de Mediação do CNJ – 6ª edição – pgs. 22 e 23 – https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2015/06/f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf

    Cátia Penner – Mutirão, nos moldes em que tem sido realizado nos Cejusc’s do XXX, não tem nada de Mediação. Aproxima-se um pouco da Conciliação, mas tb não pode ser considerado como tal porque apenas assina-se acordos pré-determinados e impostos pelas Empresas devedoras, sem espaço de diálogo e nem preocupação com a harmonização social das partes – não restauram relação de confiança alguma entre as partes: apenas ‘paga-se’ valores financeiros devidos (ou nem isso!), e prepara-se recibo rapidamente da referida transação, sem tempo de acolhimentos e escutas. Mutirão não combina com Conciliação e MUITO MENOS COM MEDIAÇÃO!

    Elaine Barrocas : Tenho uma forte resistência à ideia de misturar mutirão com mediação. A natureza do mutirão é do “esforço conjunto para andar rápido”. Não que a mediação tenha q durar além do necessário. Meu maior incômodo talvez seja juntar dois polos com poderes tão diferentes, o que acontece em muitas propostas tipo mutirão da Oi. E o consumidor (assim como o trabalhador) sempre impelido a “perder menos” aceitando o que o lhe oferecem depois de ser bastante desrespeitado em seus direitos. Por outro lado, há feirões interessantes para o consumidor “limpar seu nome”. De qualquer forma, mediação é outra coisa.

    Ana Faustino : O mutirão é bom em algumas áreas. Resolve alguns entraves, com maior ou menor grau de satisfação das partes. No entanto, o nome não combina com mediação ou conciliação. São institutos diferentes, pra situações também diferentes.

    Ivone Saraiva: Penso que a palavra mutirão neste caso está sendo usada para definir um esforço conjunto e concentrado para resolver pendências em grandes quantidades e com similitudes. Nós mediadores/conciliadores podemos ajudar de uma forma empática a resolver essas pendências.

    Rosângela Alakum: A Mediação tem sua essência própria, totalmente diferente de mutirões. Como disse a colega, os acordos já estão pré-determinados, ou seja, uma certa imposição disfarçada de Conciliação.

    Carol Bassin: Mutirão de mediação = concentração de mão de obra barata ( gratuita na verdade ) pra desafogar o Judiciário.

    Fátima Marques: Partindo do princípio de que o conciliador precisa ser ou estar em formação em direito. O curso antes da Pandemia era online Sendo aprovado, recebe um número de matrícula e a vara que o seleciona realiza os trâmites para que seu nome saia no DO. O Mediador segue sua formação, certificação etc de forma diferenciada e tem um número de matrícula.Então como realizar atividades próprias da Conciliação, por profissionais de outro “instituto”? Poderia um psicólogo substituir um advogado numa audiência???? Querem remediar o irremediável!!!!

    Izabel: Definitivamente não e se não ficarmos atentos, a própria mediação será instrumento de encerrar processos.

    Robert Fanti: Mutirão não combina de forma alguma com mediação. No Mutirão querem números, acordos para entrar na estatística. Muitos são pressionados para aceitarem qualquer tipo de acordo. Ao passo que na mediação não visamos um acordo, queremos um diálogo Franco e honesto entre as partes. Mediar é buscar olhar com outros olhos, ver aquilo que está escondido no turbilhão de emoções.

    Pedro Olano: Lamentavelmente existe uma deturpada ideia no sentido de mutirão como sendo mediação.
    Já fiz várias e muitas promessas de serem pagas pelas grandes empresas às que prestamos serviço.
    Em cada situação se repetiu o padrão de NEGOCIAÇÂO. Essa é a verdade. Sim usamos técnicas de mediáção, psicológicas, de Coach, PNL e outras. Mais nunca deixou de ser NEGOCIAÇÂO. Isso sempre foi claro para mim.
    O lamentável é me sentir usado pelo xx para bancar o bonzinho e dar de graça o nosso serviço profissional a empresas que podem pagar. Algumas empresas até pagaram, e me foi informado que o dinheiro estava indo para o fundo de mediadores e conciliadores. ???? Alguém sabe desse fundo?
    Quando participei, fiz mais pelo ato de ajudar a resolver conflitos, mais na realidade, percebí que estava “ao serviço da empresa que pediu a mediação”. É triste uma especialidade como a nossa ser tão desvalorizada por pessoas que estão supostamente apoiando o processo de mediação e desprezam os mediadores.
    Novamente: Mutirão = Negociação

    Silvia – Claro que não. Mediação não é produção. Principalmente qdo a empresa comparece sem vontade de negociar ou resolver o conflito e diz que veio em respeito ao tribunal. Lamentável!

    Pedro Olano – Geralmente isso é padrão! Vir em nome do tribunal e forçar a que façamos acordos…..
    Contrário aos nossos princípios. Lamentável mesmo.

    Terezinha – Bom dia a todos ! Gratidão pelas partilhas e trocas de ideias . Eu penso o seguinte : gosto muito de participar de mutirões e pela demora dos processamentos dos atos judiciais, dificuldades para que as pessoas possam conversar nas audiências, desmotivação dos advogados pela mediação , optando pela via judicial , estímulo do próprio judiciário e outros órgãos a ajuizamento de ações , acredito que deveriam ser promovidos mais mutirões de conciliações. Na verdade , o convite é para que os mediadores façam conciliação . São institutos que conversam entre si . Na Semana da Conciliação não são feitas mediações e sim conciliação , com propostas das empresas que podem ou não atender os interesses de quem está do outro lado . Já testemunhei alegria de muitas pessoas que foram beneficiadas : mutirões com MRV , Banco do Brasil , Banco Itaú , Unimed , Amil e outros tantos . Penso que é uma oportunidade de mostrar aos advogados que existimos , que podemos realizar trabalhos integrados . O que eu não concordo é que não haja pagamento do mediador , que , mesmo atuando como conciliador , em o direito de receber pelo trabalho e a empresa qye busca o mutirão tem que pagar a taxa de R$ 40,96 , determinado pela Lei Estadual 7.127/2015 , que incluiu o art. 13-A na Lei 3.350/1999, pelo Ato Conjunto 23/2016 . Claro que é pouco . São apenas R$ 20,00 que fica para o mediador , que mesmo fazendo conciliação , ele recebe como mediador , mas já é um começo . Participarei do mutirão , como sempre participei e , como disse: gosto muito , todavia , irei consignar no termo de entendimento que o Juiz determine o recolhimento das custas da mediação, tal qual preconiza a Lei . Faço parte de um grupo que vem estudando essa questão da remuneração do mediador e aplicação da tabelada Resolução 271- CNJ , estamos trabalhando para trazer o nossos estudos para um grupo maior de mediadores . Publicarei a data no grupo dos eventos , agradecendo desde já , ao nosso incansável Jorge pela oportunidade de nos unirmos no fortalecimento da mediação e dos mediadores.

    Jorge Fernandes
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    Cátia Penner: Eu acredito que o exercício diário da Escuta Ativa, sem julgamentos, leva ao desenvolvimento de um ‘cérebro empático’…assim como o exercício do autoconhecimento – por técnicas terapêuticas, leva a uma maior consciência de nossas potencialidades e a uma maior autonomia existencial. Decisões mais conscientes formam cérebros mais livres e expandidos para melhores escolhas e resultados.

    Sandra Eli Med: isso é um bom exemplo de desenvolvimento do “cérebro empático”. https://www.youtube.com/watch?v=-Hc1kFvUTT4. Os neurônios espelhos ficam o tempo todo querendo imitar, portanto se a pessoa vive em um ambiente toxico, por empatia ela externa comportamentos tóxicos também, nesse caso é preciso muita conscientização para mudar para comportamentos altruístas. Está aí a necessidade do mediador, dar pequenos sorrisos ao receber as partes, fazer um rapport bem feito, o cérebro detecta isso e os neurônios espelho atuam, como mediadores devemos estar atentos a ter pequenas expressões altruístas, assim ativamos os neurônios espelho de quem estiver a nossa frente.

    Pedro Olano: Acredito que empatia se relaciona com os tipos psicológicos de personalidade e que a conexão com esses tipos de absorção de informação gera um link nas relações interpessoais, sejam estas de espelhamento físico ou transmitidas verbalmente. Jung fala, que toda atividade consciente que acontece no ser, se realiza nos processos perceptivos (sensitivos e intuitivos) e nos processos para realizar decisões de forma racional ou emocional. Todos os indivíduos utilizam os quatro processos. A diferença radica no processo dominante, caracterizando desta forma a estrutura da pessoa quanto a aprender, falar e tomar decisões. (Almaguer, 1998; e Guild e Garger, 1998).eTambém o comportamento é definido, segundo Jung, pelo interesse com as coisas (extrovertido ou introvertido). Por tanto podemos falar que empatia seria a capacidade de se colocar no lugar do outro e saber o que sente ou o que possa estar pensando. (Rapport)
    Para nós mediadores para sermos capazes de desenvolver um cérebro empático, Precisamos primeiro exercer
    a) Não julgamento. Para assim não formar opiniões baseadas na nossa experiência.
    b) Escuta Ativa, prestando atenção na essência das palavras, focando na intenção das palavras.
    c) Validação dos sentimentos, sumamente importante para o link empático. Sabendo que ainda que não estamos na posição do mediado, bem poderíamos ser nós.
    Para sermos empáticos precisamos de compartilhar de certa forma o sentimento do outro, não o entendimento!
    Rosemberg (2006, p.136 e 137) cita que ‘a compreensão intelectual bloqueia a empatia’ e prossegue na defesa de que ‘o ingrediente-chave da empatia é a presença’.

    Jorge Fernandes
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    Carol Bassin: Acredito que a empatia pode ser tipo um dom ou característica natural mas também pode ser um exercício a ser aprimorado com as técnicas certas. Adoraria ouvir um psicólogo ou sei lá um neurologista comentar sobre esse tema. Exercer a empatia sem prejudicar o distanciamento necessário é uma das técnicas que o treinamento da mediação proporciona.

    Elaine Barrocas: Entendo q toda a proposta alternativa de viver à qual muitas pessoas se propõem (incluindo-me, aí), exige de nós uma observação e um exercício cotidianos a fim de que mudemos o padrão. Porque tudo é padrão, ao qual nos submetemos, inadvertidamente, em razão da cultura. Gostaria, por exemplo, q a CNV circulasse nas minhas veias. A empatia também. E, assim, automaticamente, eu as usaria. Hoje, ainda estou treinando.

    Jorge Fernandes: No livro O Poder da Empatia, Roman Krznaric apresenta os 06 hábitos para exercitar a empatia, nesse artigo apresentamos os hábitos com algumas dicas de como desenvolvê-los.

    Empatize e mude o mundo!

    Hábito 1 – Acione seu cérebro empático: Mudar nossas estruturas mentais para reconhecer que a empatia está no cerne da natureza humana e pode ser expandida ao longo de nossas vidas. Dicas para acionar o cérebro empático:

    -Fazer leituras edificantes.

    -Trabalhar o autoconhecimento.

    -Ouvir as pessoas.

    -Praticar exercício de mindfulness.

    -Cuidar da espiritualidade.

    Hábito 2 – Dê o salto quantitativo: Fazer um esforço consciente para colocar-se no lugar de outras pessoas – incluindo no de nossos “inimigos” – para reconhecer sua humanidade, individualidade e perspectivas. Quando nós aprendemos a nos colocar no outro, entendemos o dualismo que há no ser humano. Somos bons e maus, positivos e negativos, o ser humano é dual. Essa evolução de mentalidade é o que nos aproxima da conexão empática. Dicas para aprender a se colocar no lugar as pessoas:

    -Evite julgamentos: ouça a história do outro, apenas receba.

    -Não compare a pessoa com você ou com outras pessoas: não compare tudo o que você passou com tudo o que o outro vivência.

    -Aceite e entende o outro como ele é: evite mudar alguém para que ele se adeque ao que você pensa.

    Hábito 3 – Busque aventuras experienciais

    Explorar vidas e culturas diferentes das nossas por meio de imersão direta, viagem empática e cooperação social. O conceito de experienciar coisas diferentes é muito associado a aventuras, mas esse não é o único estilo de buscar experiências diferentes, principalmente, quando falamos de exercitar a empatia. Para empatia pode experenciar a troca e o compartilhamento de vivências.

    Buscar experiências diferentes oferecer a oportunidade de compartilha diversas formas de experienciar a aprendizagem. Não existe uma única forma de fazer algo, observar o resultado em ação através outras vivencias, além de ser desafiador e gerar boas soluções. Dicas para vivenciar experiências diferentes para empatia:

    -Puxe assuntos com pessoas de núcleo social diferente do seu.

    -Demonstre interesse pelo outro durante uma conversa e mostre curiosidade saudável em saber sobre o estilo de vida e vivencias.

    -Esteja aberto para aprender algo que não entende.

    -Elimine qualquer tipo de preconceito e racismo dos seus pensamentos e comportamentos.

    Hábito 4 – Pratique a arte da conversação: Incentive a curiosidade por estranhos e a escuta radical, tirar nossas máscaras emocionais. Praticar a conversação consiste em desenvolver ou aprimorar a habilidade de ouvir, também denominada escuta empática. Em nossas interações diárias temos oportunidade de praticar a conversação empatia, porém na maioria das vezes apenas realizamos conversas rasas, sem conexão e empatia.

    É importante ressaltar que foi a colaboração é não a competição que ajudou a humanidade à sobreviver, a prosperar e alcançar os níveis socioeconômicos que vemos hoje. A colaboração é chave da escuta empática. Dicas para praticar a arte da conversação empática:

    -Escutar atentamente (essa você já sabia), isso significa entender que você não é o foco da conversa. Ouça apenas isso.

    – Afaste o celular ou qualquer tipo de eletrônico de perto para sustentar a escuta ativa. Quando estamos escutando ativamente todo nosso rosto expressa uma atenção especial, uma receptividade que é sentida e percebida pelo outro.

    -Tenha paciência de falar e ouvir pessoas que irritam você.

    -Atenção para sua linguagem corporal, busque ajustá-la ao contexto, manter o contato visual, o corpo relaxado e braços aberto favorece muito para a conversação empática.

    -Busque entender em vez de criticar ou julgar.

    -Não de conselhos, a não ser que for solicitado.

    -Não preencha os silêncios da conversa.

    -Faça pergunta para saber detalhes ou coisas que não entendeu.

    A escuta empática representa a comunicação efetiva e é um dos segredos para relações interpessoais saudáveis e duradouras.

    Hábito 5 – Viaje em sua poltrona: Transportarmo-nos para as mentes de outras pessoas com a ajuda da arte, da literatura, do cinema e das redes sociais na internet. Dica para viajar na poltrona:

    -Leia livros sobre a empatia, compaixão, historias de pessoas que tiveram o altruísmo e o amor ao próximo como missão de vida. São exemplos que mostram mais do que se colocar no lugar o outro, as ações que foram realizadas para isso e os resultados.

    -Assista filmes e documentários sobre o tema.

    -Meditação, praticar esporte e dançar são forma interessante de exercitar a empatia transformando nossa mente, corpo e espirito.

    Hábito 6 – Inspire uma revolução: Gerar empática numa escala de massa para promover mudança social e estender nossas habilidades empáticas para abraçar a natureza. A pandemia é uma grande oportunidade para gerar uma onda de empatia no mundo. A colaboração e a ação de ajudar o outro são forma reais efetivar a empatia, de bem-estar e conexão com as pessoas. Dicas para inspirar uma revolução:

    -Faça vídeos, lives e post chamando atenção das pessoas para ações de ajudar o outro.

    -Você não precisa ir muito longe, pode começar dentro de casa com seus pais, avos, irmãos nas tarefas diárias.

    -Saia da sua zona de conforto e experencie ajudar pessoas sem esperar nada em troca, pessoas desconhecidas.

    -Interaja com as pessoas de forma positiva respeitando sua singularidade e estilo de vida.

    -Tenha atos conscientes e de gentileza com as pessoas.

    -Use a sua energia para ação e não apenas para criticar, julgar, comparar e segregar pessoas.

    Referências

    KRZNARIC, Roman. O poder da empatia: a arte de se colocar no lugar do outro para transformar o mundo. Zahar, 2015. Fonte: https://johariconsultoria.com.br/index.php/6-habitos-para-exercitar-a-empatia/

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Jorge Fernandes: Eu faria uma sessão individual com o devedor para tentar entender as questões objetivas e subjetivas que envolvem a recusa em pagar a dívida.Muitas vezes a questão não é financeira e sim emocional.

    Eunice: Eu faria um caucus para elaborar a informação com ambos. Dependendo da conclusão, se o problema é realmente não poder, mas querer pagar, tentaríamos chegar a um desembolso viável.
    Se é uma negação emocional, o caminho é outro.

    Elaine Barrocas: Fico pensando q pode haver formas de pagamento que não necessariamente envolvam dinheiro. Trabalhei numa mediação em q o rapaz era um pedreiro e tinha uma dívida difícil com a ex-esposa. A mediação desandou antes que eu, já no terceiro ou quarto encontro, pudesse fazer um caucus com ele e questioná-lo se via outra possibilidade de saldar seu compromisso.

    Ivone Saraiva: Ponto muito interessante. Este é o caminho da Justiça Restaurativa , embora na questão de alimentos ( penso que se tratava uma ação de alimentos atrasados) a legislação é muito clara e firme no sentido do pagamento ( e até do comprometimento de salário ou de penhora de bens -creio que difícil neste caso- já neste tempo de pandemia a prisão deve ser evitada) ou prisão.

    Cátia Penner: O mediador é um facilitador do diálogo entre as partes e, como tal, utilizará técnicas necessárias para que se escutem e conversem, juntos e separados, e possam encontrar a melhor forma de lidar com a situação.

    Odmir Fernandes: Penso q primeiro, na conduta do mediador, vai pesar se já há título executivo e nega, ou se ainda não há. Se não, primeiro mediar o acordo, mas sempre acolher essa fala ‘não tenho como pagar’, tenta esclarecer a negação, se tem ou não patrimônio, ou houve algo (falta) no negócio. Se tem título e patrimônio, pagará forçadamente; se não tem título e firma o acordo, já que ‘não nega’, a mediação alcança parte da solução.

    Pedro Olano: Algumas mediadores falaram já sobre o caucus. Acredito que seja um bom caminho para entender o processo mental/emocional do mediado. Partindo da premissa que os mediados chegam na sessão fechados e/ou amargurados, com ressaca emocional do acorrido, considero importantíssimo tomar tempo com a pessoa que está fechada para permitir que se expresse sem julgamento. À vezes o que precisam é alguém que valide o sentimento delas, ou só ouvir o sofrimento, para poder eles mesmos entrar em aceitação com a realidade e responsabilidade assumida.

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Elaine Barrocas: Gosto de garantir a apresentação do que é a mediação para os mediandos e seus advogados ainda q um ou outro mencionem, de início, não terem interesse. Acho importante passar a ideia à frente. A MAANA é uma boa técnica para esse momento de resistência (a proposta fora da mediação é mais interessante?).

    Izabel: Esta situação era muito frequente no passado. A medida em que os advogados foram conhecendo a mediação, esclarecendo as questões relacionadas aos seus honorários, esta resistência diminuiu significativamente. Atualmente praticamente não encontro mais problemas. Quando acontece, percebo que está relacionado ao desconhecimento. Outra situação, está relacionada ao perfil do advogado. Advogados que se sentem donos do processo e com autoridade sobre seus clientes, tem dificuldade em aceitar a autonomia e protagonismo do cliente. Diante da resistência, costumo não chamar a atenção para isso. Interajo ao longo da sessão, trazendo o advogado para dentro da mediação. Muito rapidamente estes advogados aderem a mediação e, se não se tornam colaborativos, não interferem negativamente. Raramente tenho situações em que o advogado confronta a figura do mediador e quando necessário me posiciono de forma assertiva, não deixando dúvidas quanto a soberania sobre a condução da mediação.

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Lenora Milesi: Fazer uma reunião privada com eles e mostrar como são necessários no processo mas na mediação são apenas fiscais da lei, verão que não será violado nenhum direito do seu cliente. É assim que trabalho.

    Leila Godinho: Aconteceu comigo numa ocasião, na qual o advogado de uma das partes não queria a mediação e já chegou dizendo que não tinha acordo. Fiz o discurso de abertura e falei que os mediandos são os protagonistas na mediação e que os advogados são muito importantes para esclarecer alguma dúvida jurídica dos seus clientes e também para ajudar a elaborar o acordo, se for o caso. Ouvi as partes em conjunto e em seguida fiz uma mediação individual com os advogados e expliquei que na mediação não se discute o mérito, sendo, portanto, a possibilidade de terminar o processo de forma amigável. Depois dos desabafos, a mediação transcorreu normalmente e fechamos o acordo.
    Sula Covre : Normalmente falo sobre a Importância dele na solução do caso. Nunca tive problemas.

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Jorge Fernandes: Em uma mediação de família, eu me irritei com um advogado jovem que, ao meu juízo, além de ser extremamente arrogante, revelou-se despreparado, confundindo guarda alternada com guarda compartilhada. Infelizmente, tornei-me um disputante. Tentei reverter tal situação e não foi possível chegar a um entendimento. Hoje, eu ficaria em silêncio, talvez pedisse uma pausa para conversar com a equipe, enfim, faria tudo para não me tornar parte na disputa.
    Jana. Tudo faz parte, os erros também. Uma vez numa mediação, em razão da flagrante alienação colocamos um vídeo para ser visto, que inclusive pertence ao CNJ. A parte que ficou indignada, mas não com a mensagem do vídeo e sim porque era da Globo. Quase perdemos aquela mediação, mas acabamos conversando depois e houve o retorno.
    Jana: Errar é humano. Somos e tratamos de humanos.
    Raquel Fontes: Jorge reconhecer os nossos erros faz parte no nosso autoconhecimento. Quem nunca? Quase sempre ao final de uma mediação fico a refletir o que mais poderia ter feito? Abordei o que foi necessário? Foi imparcial, neutra? o que me impactou? Sempre há o que melhorar. Não nascemos prontos! Ao longo dessa minha caminhada pelo exercício da Mediação deixo como reflexão de Mia couto: “Para que as luzes do outro sejam percebidas por mim devo por bem apagar as minha, no sentido de me tornar disponível para o outro.”
    Roberta Fanti Bom dia! Errar é humano, mas acredito que todos nós os pacificadores estamos em busca de um mundo melhor.
    Nossa semente está sendo lançada, acredito sinceramente que num futuro próximo colheremos muitos frutos.
    Bendito sejam aqueles que acreditam na pacificação!
    Fatima Marques: Acredito que uma situação que permaneça na lembrança por vezes ficou pendente. Numa mediação de família para convivência a um bom tempo. Bem antes da pandemia, um casal iniciou um diálogo. Alguns avanços foram feitos e havia a boa vontade de ambas as partes. Participaram da Oficina de Parentalidade. Conversaram sobre o motivo da filha ter sido convidada a sair da escola pela direção desta, fato desconhecido pelo pai. Mas a ida das filhas com o pai ao cinema para assistir a um filme da Disney chamado Malévola, a pedido das próprias filhas que queriam muito assistir. Desandou a mediação… Esse filme foi o “gatilho” de divergências religiosas entre o casal. Aparentemente demostraram que queriam continuar e acho que estávamos no terceiro encontro. Reagendamos o quarto … Mas a mãe não apareceu. O pai relatou ter dificuldade de encontrar as folhas novamente.
    O que não foi feito? Que estratégia poderia ter sido usada? As ferramentas foram utilizadas de forma adequada?
    Não sei…
    Mas essas filhas não me saem da cabeça.
    Quantos entraves são vividos e impostos!
    Dificultando o caminhar sereno…
    Cada um tem seu tempo de amadurecimento e trabalho interno… Mas quando isso impacta a vida de terceiros é bem difícil!
    Terezinha: Olá, boa tarde para todos. Demorei a responder, pois estava bastante reflexiva sobre o tema . E a minha resposta pode parecer paradoxal , pois eu nunca experimentei nenhuma frustação nas mediações que fiz , não porque me considerei a melhor, mas simplesmente porque eu estava ali ( daí o paradoxo) e com licença daquelas pessoas eu participava em nome de um poder instituído e imposto a elas e sentia-me constrangida por estar naquele lugar e aos poucos , ia percebendo que aquelas pessoas me aceitavam , fosse , agora por um motivo mais intrínseco do que extrínseco . Acolhendo-as eu ia percebendo que eu era aceita . E, por esse motivo , o que acontecia ali e o que acontece na mediação , não me pertence . Pode sim, atingir-me, pode, sim, demonstrar a minha impotência frente a tantas situações que vivenciamos na mediação, mas faz parte . Mas , sempre saio com o sentimento de dever cumprido : seja neutralizando um conflito , seja por um acordo de um pequeno recorte da vida delas , seja ajudando o advogado a resolver questões que pareciam embaraçosas ou não ajudando . Enfim , saio das mediações sempre aprendendo um pouco de mim, das minhas relações sociais ( familiares, profissionais …. etc. ) mas saio sempre completa, haja o que houver, pois estive ali presente porque recebi a permissão para estar .
    Shirley: Em pedir que os advogados não participassem da mediação. Hoje perguntar da possibilidade deles não participarem, e que no final eles entram para finalizar.
    Katia Floriano: Eu fiz um teste de realidade sem ser em caucus, o que me ocasionou problemas com uma das partes.

    Jorge Fernandes
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    Katia Floriano: Diálogo facilitado
    Cláudia: Comunicação e possibilidades
    Shirley: Escuta e comunicação
    Vania Izzo: Negociação assistida por um terceiro imparcial.
    Felipe Fernandes: Empatia Gratidão
    Leila Godinho: Empatia e escuta.
    Márcia Barros: Saber ouvir
    Roberta Fanti: Pacificação, humanização.
    Letícia dell’Orto: Alternativas e Elaboração
    Daniela Kim: Restauração dos relacionamentos
    Carol Bassin: Não considero a mediação responsável em pacificar nem restaurar relacionamentos… essa é uma meta irrealista e quase utópica. Aliás, acho que o mediador nem tem a capacitação e expertise necessárias pra isso. Não somos psicólogos nem gurus… tenho uma visão bem objetiva: a mediação serve pra restabelecer o mínimo do diálogo possível pra tratar de um ou mais aspectos específicos de uma relação. O resto ( restauração, cura, paz ) se vier, é “lucro”.
    Ana Faustino: Projeto de vida.
    Terezinha: Uma técnica que possibilita melhorar o diálogo de pessoas a cerca de determinada questão, interesse, estimulando a criação de opções, melhorando os ruídos da comunicação . Também concordo que pacificar é audacioso, mas como um grão de areia, é melhor a mediação do que petições escritas e audiências formais. Também concordo que devemos reconhecer os nossos limites é-nos integrarmos mais com o trabalho dos advogados , quando formos procurados por eles no extrajudicial ou quando estivermos no Judiciário.
    Jana: Oportunidade da escuta
    Adriana Novis: Diálogo e colaboração.
    Raquel Fontes: Parto de almas.
    Perpetua: Auxiliar e diálogo
    Sula Covre: Única saída.
    Regina Bonfim: Boa opção.
    Silvia : Ponte da comunicação
    Cátia Penner : Facilitação de diálogo.
    Thaís Bressan : Negociação facilitada
    Silvia : Muito boas respostas.
    Analice : Escutar e ser escutado
    Jorge Fernandes: Conexão e possibilidades
    Vera Razuk : Oportunidade de uma nova perspectiva
    Maria de Fátima Grossi : Conflito – adequação
    Terezinha : Oásis do conflito
    Rosali Aguiar : Auto escuta
    Izabel: Aproximação de interesses
    Iracema : Diálogo facilitado
    Ednéia Acolhimento e interação
    Fatima Marques : Oportunidade de Restaurar o Diálogo
    Pedro Olano: Comunicação mediada
    Rosana : Mediar relações temporariamente.
    Pedro Olano: Reconexão com a esperança.
    Pedro Olano: Um novo olhar
    Paula Sady: Técnica e criatividade
    Glace Silva: Oportunidade e Construção
    Partindo do pressuposto de que os conflitos são inevitáveis, úteis, parte da vida e que, geralmente, levam a novas ideias e mudanças, a mediação é um meio pelo qual se oportuniza às partes, um diálogo livre dos extremos que produzem a quebra da comunicação, ajudando a construir, através de uma visão sistêmica do conflito(objeto da controvérsia em relação ao todo), e visão holística do conflito(observando o sentido maior do conflito no momento presente, no aqui e agora), a condição de transformar a questão em aprendizado. Na obra “Como chegar ao sim”, o best seller da negociação colaborativa, que deu origem à mediação em Harvard, FISHER, URY e PATTON nos ensinam que: “O desafio não é eliminar conflitos, mas transformá-los. É mudar o modo como lidamos com nossas diferenças – em vez de conflitos antagônicos e destrutivos, solução de problemas de forma conjunta e pragmática” (2014, p. 13).
    Gisele: Ponte e diálogo
    Fernanda: Voluntariedade e presença

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Sim e não. No campo da realização pessoal (projeto de vida, propósito, doação…) sim. No campo financeiro, não (como para a maioria dos mediadores), apesar de estar aposentada de outra atividade e atuar como advogada. E o percurso para atender às expectativas financeiras será árduo por um bom tempo. Ana Faustino

    Não. Por que nos pressionam p fazer acordo. E a mediação só valeu se tiver acordo. Lenora Milesi

    Não, porque ao final do curso eu tinha apenas a teoria e a expectativa era de algo que ainda não tinha experimentado. Hoje, porém, passados alguns anos e com alguma prática, a minha expectativa é real em fazer uma mediação para que as partes possam, no minimo saírem dali satisfeitas, se comunicando, entendendo a posição do outro, independente de ter havido acordo ou não. Leila Godinho

    Não. Quando terminei o curso de formação de mediadores, fui informado que teria o acompanhamento posterior de supervisores para nos auxiliar em questões não previstas nos manuais. Tal acompanhamento não aconteceu de maneira estruturada e contínua, fomos deixados própria sorte, cada um se virando do seu jeito e maneira. Ao meu juízo, esta realidade causa enormes prejuízos no aprimoramento contínuo dos mediadores. Eu tive a sorte e o privilégio de ter Vânia Pires e Flávia Gallo como supervisoras por um curto período de tempo. Quantas saudades e aprendizado! Supervisão já! Jorge Fernandes
    “Não. Por que nos pressionam p fazer acordo. E a mediação só valeu se tiver acordo.”Muito interessante essa colocação.Nós temos que lembrar que não importa o “resultado” O que realmente importa é se os mediados saem conversando, se puderam se comunicar e reestabelecer uma atitude positiva entre eles. Acredito que o sucesso é quando usando as ferramentas conseguimos chegar a colar as conexões quebradas para que de acordo ao tempo deles, se encontre sua solução. Pedro Olano

    Indico o filme WORTH sobre o escritório de advocacia que realizou a indenização as vítimas do dia 11 de setembro- sobre o advogado do escritório que ao longo do trabalho passa a ter um olhar mais humanizado ouvindo e analisando caso a caso. Regina Menezes

    São tantas as razões que precisam ser detidamente analisadas, a meu ver, para que a resposta, quase que unanime, seja negativa. Sem julgamento, apenas constatando, o que vimos no cejusc, na maior parte das sessões, são tentativas de conciliação. Penso que a falta de reconhecimento da profissão, e consequente seleção e remuneração são algumas das raizes dessa complexa arvore. Helen Aiex
    Não, a ausência de remuneração, reconhecimento, desanima muito. Pelo Tribunal me sinto explorada e penso que muitas vezes a mediação é mal compreendida. Fora do tribunal me deparo com antipatia e rejeição. Analice

    Bom dia todos e que estejam muito bem! O curso básico oferecido pelo TJ me trouxe muitas possibilidades (fiz em 2009 com André Gomma e mais ainda no CNJ), conhecimento e amizades. Sempre entendi que é um trabalho voluntário e não alimentei qq expectativa (contínuo não alimentando). Penso que sua inserção no Tribunal trouxe oportunidades para todos e que era só o começo. É preciso aprimoramento e um olhar para novos horizontes. Hoje vivo da mediação e de outras práticas integrativas. O meu tempo como voluntária é de acordo com minha agenda. Pode ser melhor? Claro! Inclusive ser oferecido apenas as hipossuficientes e oportunizar as Câmaras privadas. Márcia Rosa

    Em parte. Minha motivação pela Mediação foi gerada pelos meus professores quando fazia o curso de Direito. O CPC em construção, mudanças esperadas… Eu já atuava como Psicóloga e Pedagoga, conhecia a dinâmica familiar e empresarial… Enfim era um novo nicho de trabalho que abraçaria minha experiência.
    A remuneração era cogitada, até pq é uma atuação prevista em lei.
    Mas que inicialmente seria voluntária, mas com formação gratuita pelo tribunal e com espaço para treinamento e aperfeiçoamento.
    A remuneração esperada e legítima até hoje não veio por resistência. E não por falta de recursos do tribunal.
    Então é óbvio que não há como esperar que haja disponível no tribunal ótimos Mediadores. A grande maioria saiu ou alguns poucos ainda disponibilisam pouquíssimo horários. Pq se a proposta inicial era: não remunerado, mas ensino. Quando já aprendido cada um segue seu caminho. Pq saco vazio não fica em pé!
    O Tribunal não precisa de assistencialismo. E por isso o trabalho de Mediação Comunitária tem crescido. Se quero fazer o bem faço a quem precisa e não tem como remunerar.
    Por acaso doamos alimentos a quem tem recursos? Damos água a quem NÃO tem sede?
    Com o tempo a Supervisão oferecida foi retirada, pq é óbvio, o tempo de espera da remuneração foi esgotado…
    Então NÃO é possível uma casa com recursos financeiros cobrar que profissionais graduados atuem gratuitamente e ainda se mantenham especializados e com supervisão SEM remuneração.
    A vida é uma via de mão dupla.
    E segue a política dos que, quem tem mais querem sempre mais… Fátima Marques

    Parabéns Fátima! Excelente colocação!
    Embora na seleção para o curso nos foi dito que seria um serviço voluntário, hoje a realidade é outra, eis que temos conhecimento de outros tribunais que já estão remunerando seus mediadores ! E aqui no Rio de Janeiro, só ouvimos dizer que temos que nos aprimorar, fazer uma pós graduação, tudo por nossa conta, sem nenhuma promessa de estudos para possibilidade de remuneração. Não somos mais crianças e desenvolvemos um papel de suma importância no judiciário, eis que quando realizamos acordos numa mediaçao, estamos tirando da mesa dos magistrados, processos que seriam mais trabalho para analisarem e sentenciarem. E todo esse nosso empenho não é visto de forma profissional pelo nosso Tribunal, o que é uma pena!
    Até conversa de concurso público já ouvimos falar para justificarem a remuneração e nada! Mero engodo! E enquanto isso , trabalhamos de graça para o Estado enquanto outros Estados remuneram seus mediadores valorizando-os sem utilização de desculpas como suposições de concurso público .
    E nessa atual pandemia, estamos ajudando mais ainda o judiciário, realizando as sessões de casa , utilizando nossos próprios materiais como , computador, telefone, internet além de aumentar o consumo de energia!
    E todos esses gastos sem a menor preocupação com uma ajuda de custo!
    Esse é um ponto que precisamos nos unir para obtermos os mesmos direitos dos mediadores remunerados por outros Estados!
    E como disse minha amiga Fátima, a vida é uma via de mão dupla ! Denise Estrela

    Nem um pouco. A expectativa era praticar a mediação conforme o aprendizado no curso de formação. Contudo, logo nos primeiros meses fui induzido a entrar na corrida das “horas” para a certificação quando se passa a contar até mesmo as ausências das partes e a participação em “mutirões” de Mediação onde na verdade se faz Conciliações de baixa qualidade. A frustração também decorreu da constatação de que certa Mediações são vedadas à maioria dos mediadores, notadamente as ditas “empresariais”. Ou seja, existem interesses outros nessa categoria de Mediações ou Mediadores de segunda linha. Por fim, como destaque, a questão da remuneração, que as sucessivas direções do TJRJ empurram com a barriga à despeito de sua realidade em outros estados e que a magistratura alega ser um nobre e digno “trabalho voluntário”. Luiz Sérgio

    Pensando no TJ do Rio a queda da expectativa foi brutal. Me senti explorada dentro de uma estrutura de cumprir protocolo sem a menor estrutura e reconhecimento. Se é pra fazer trabalho voluntário tendo que levar a própria água e copo eu sinceramente prefiro dedicar meu tempo a uma ONG (que aliás o @Jorge Fernandes bem sabe que fiz por anos a tempo integral). Inclusive desconfio que nem é mediação o que é feito ali no TJ (cível então é uma piada. Preposto sem o menor poder de decisão…umas propostas de acordo padronizada. lamentável). Se eu pensar na minha vida profissional, aí sim a mediação agregou bastante no meu trabalho como advogada consultiva. Carol Bassin

    Sim: se meu foco for somente no meu crescimento pessoal (que consequentemente agregará no profissional) e em ajudar pessoas.
    Não: quando observo que ainda estou muito instável financeiramente e fui para a Mediação com a esperança de ser uma alternativa de retornar ao mercado de trabalho, que ainda não aconteceu. Fiz em 2010 meu MBA em Gestão Empresarial e me desenvolvi cada vez mais minha comunicação e a habilidade de gestão, inclusive de pessoas. Trouxe a Mediação para ter um peso maior na minha formação, mas ainda não tive retorno. Milenne Estevam

    A Mediação agregou muito na minha vida pessoal e nas minhas atividades diárias. Eu apoio a Ordem dos Advogados, para que todos nós façamos as mediações extrajudiciais em nossos escritórios usando talvez, os Mediadores para atuarem juntos, sobre a responsabilidade do(s) advogados dos escritório. Desta forma, nós poderemos honrar e respeitar o trabalho tão nobre e engrandecedor dos Mediadores. Rosângela Alakum

    Jorge Fernandes
    Mestre
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    Sandra Eli Med: Vi essa mensagem no Facebook . Achei muito interessante ler sobre os tipos de EMPATAS
    Quais são os tipos de Empatas?
    Qual é o seu?
    1. Empatas Esclarecidos
    São pessoas que tem um esclarecimento de situações e circunstâncias muito facilmente, se alguém mente o empata sente e sabe pelo mundo das energias.
    2. Empatas Emocionalmente Receptivos
    A maioria dos empatas é emocionalmente receptiva, e pode sentir física e emocionalmente as emoções de outras pessoas antes mesmo que elas expressem. Eles percebem a outra pessoa pela assimilação energética que faz com facilidade, é como se lesse tudo que está acontecendo no mundo do outro.
    3. Empatas Fisicamente Receptivos
    Muitos empatas também são fisicamente receptivos a doenças de outras pessoas e dores corporais. Estas manifestam-se frequentemente no próprio corpo do empata, e pode ser uma habilidade especialmente útil na cura. Esse a meu ver é o mais “sofrido” para o empata, porque sente mesmo a dor física do outro e quando ele não entende isso, acredita que está muito doente, o que de fato está ocorrendo é que ele sente a dor dos outros, mas não compreende.

    4. Empata Fauna
    Este tipo de Empata pode ouvir, sentir e interagir com os animais.

    5. Empata Flora
    Este tipo de empata pode comunicar-se com plantas, sendo capaz de receber sinais físicos e emocionais.

    6. Empata Geomântico
    Esse empata pode ler a energia e os sinais transmitidos pela terra. Muitos são capazes de sentir / prever desastres naturais antes que ocorram.

    7. Empata Médium
    Este tipo de Empata pode ver, ouvir, sentir (ou uma combinação destes elementos) espíritos, geralmente de pessoas falecidas.

    8. Empata Psicométrico
    Isto manifesta-se como a capacidade de receber informações, energias e impressões a partir de objetos físicos, por exemplo, fotografias, roupas, joias, utensílios, etc. Por exemplo, olhar uma foto e fazer a leitura da pessoa com facilidade.

    9. Empata Precognição / Simulcognição / Retrocognição
    Este tipo de empata pode sentir a ocorrência de um evento ou situação antes que realmente aconteça. Isso geralmente se manifesta em sonhos / projeções astrais, ou como sensações físicas / emocionais, por exemplo: medo, ansiedade ou excitação.

    10. Empata Telepático
    A capacidade de ler com precisão pensamentos não expressos de uma pessoa é a principal característica definidora do empata telepático. Ser um empata pode ser difícil e confuso, mas com a consciência de seus dons e habilidades, você pode refiná-los e usá- los para orientar, curar e proteger a si mesmo e as pessoas que amam.

    Karine UFRJ: Bom dia a todos. A psicologia e a neurociência explicam que a empatia tem três componentes: afetivo, cognitivo e os reguladores de emoções. O afetivo basicamente está no compartilhar e compreender os estados emocionais do outro. O cognitivo, em deliberar sobre os estados mentais do outro. A regulação de emoções diz respeito às respostas empáticas que o entendimento afetivo e cognitivo que temos sobre as questões do outro nos provocam (e de onde vem o altruísmo). Então, eu creio que a empatia só é possível quando existe essa comunhão afetivo-cognitiva.

    Karine UFRJ: A identificação afetiva, somente, apenas produz o sentimento de solidariedade.

    Pedro Olano MEC: Com certeza, ficar calado é um ato de humildade e de respeito. Respeito à fala, ao tempo de expressão do ser que está sendo mediado, ao direito de falar o que sente ou o que ele acha e contar a sua história. E se humildade esta no saber, eu diria que a humildade está no saber que não sabemos, não sabemos nem a história, nem os motivos ou sentimentos entrelaçados nessa história. Por isso a importância da humildade do mediador e da escuta ativa. E a empatia, coisa difícil. E quase impossível passar por todas as experiências que o mediado passou. Mas podemos desenvolver o dom da empatia sabendo que bem podemos ser nós do outro lado. Que a vida dá voltas e amanhã podemos estar no outro lado. Conflitos é intrínseco do ser humano e de todo ser vivo respeitado suas peculiaridades, claro. Acredito que a empatia está em sentir a dor sem julgar o outro pelo que esteja passando, mais vendo o sofrimento, e claro, isso é identificação afetiva sem a necessidade de ter passado a mesma experiência.

    Fatima Marques Med: Com base na pergunta. Não, a empatia pode ser possível de várias formas e NÃO só por identificação afetiva, por terem sido passadas por situações semelhantes.

    Sandra Eli Med: “As pessoas têm se inclinado cada vez mais ao exercício da empatia. Ou seja, colocar-se no lugar do outro é uma prática bastante exercitada atualmente. Porém, muitos não ultrapassam essa fronteira ou acreditam praticar a empatia quando, na verdade, se valem da simpatia.
    Mas, afinal, qual é a diferença entre esses conceitos?
    .
    A piedade parte da pressão das circunstâncias. Sendo assim, percebemos que o outro está sofrendo, mas não nos mobilizamos emocionalmente ou praticamente diante disso. Enxergamos a dor, mas ela não nos atinge.
    .
    Simpatia, segundo descrição no dicionário Houaiss, é a “solidarização com algo ou alguém sem que para isso um se coloque no lugar do outro”. Neste ponto, somos atingidos pela dor, mas ela não nos comove o suficiente.
    .
    Já a empatia acontece quando temos consciência da dor do outro e começamos a compartilhar esse sentimento e as experiências da pessoa diante dele. Somos tão afetados que, muitas vezes, nos tornamos imóveis e somos incapazes de ajudar quem de fato está sofrendo.
    .
    A compaixão, porém, é um passo além da empatia. Ela acontece quando somos mobilizados a fazer algo pela pessoa que detém a dor e experencia o sofrimento. A esta altura, temos consciência e utilizamos as ferramentas necessárias e possíveis para tornar a caminhada do outro menos difícil.
    .
    “Se eu usar seus sapatos, posso não entender o seu caminho até aqui e seguir por outro que você jamais escolheria.
    Mas se eu for capaz de olhar para os seus pés, saberei que preciso cuidar das feridas para que você possa seguir o seu caminho, com os seus sapatos.”
    Entre aspas, fala de Ana Claudia Quintana Arantes.
    #piedade #simpatia #empatia #compaixao #ajuda #artedaajuda #escaladaempatia

    Rosângela Alakum Med SP1: Bom dia.Foi muito inteligente quando colocaram como técnica para aplicarmos na Mediação e Advocacia Extrajudicial, mostrarmos para as pessoas que o ESCUTAR é estar dando a devida importância ao que outro fala, por quê? Porque temos a devida preocupação para com ele de um modo geral, com os sentimentos, com o sofrimento do outro, quando tantas vezes um problema/conflito é simples e por não darmos a devida importância para o outro, o conflito vai crescendo e formando raízes.

    Jana Med/Santos-SP: Entendo que não preciso ter passado pela mesma situação para entender o outro. Ouvir com o coração é dar lugar as dores e sentimentos do outro mesmo nao vivenciados.

    Ednéia Grupo Marcelo Girarde: Para ter empatia não é necessário ter vivido o que o outro viveu.
    É ter a sensibilidade de escutar o outro, sem julgamento, se aproximar da visão que o outro está tendo.
    Ao ouvirmos interpretamos com a nossa lente, na empatia é procurar interpretar com a lente do outro.

    Ednéia Grupo Marcelo Girarde: Até porque quando vivemos algo a forma de sentimento que temos é único, desta forma, se usarmos está referência podemos nos afastar muito da empatia .

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Resposta 1 – Não é função do mediador julgar. O mediador parte do princípio da boa-fé. Caso perceba alguma inconsistência, pode utilizar-se de uma boa técnica em fazer perguntas para esclarecer. Izabel

    Resposta 2 – Ao perceber que há a possibilidade de um dos participantes estar agindo de má fé, ao meu juízo, o mediador deve fazer sessões individuais para tentar confirmar ou não a sua percepção e tentar entender o que está motivando aquela atitude. Caso o diálogo não seja suficiente para que o princípio da boa fé seja adotado por todos os participantes da sessão de mediação, o mediador deve informar que, por questões éticas e de foro íntimo, não tem condições de prosseguir com o processo, solicitando, em seguida, que o centro de mediação encaminhe ao juízo de origem para prosseguimento ou dê outro encaminhamento, caso entenda conveniente e oportuno, como por exemplo, encaminhar para outra equipe de mediação. Se a mediação estiver ocorrendo em dupla, a decisão pela continuidade do processo de mediação tem que ser objeto de diálogo entre mediador e comediador, sendo que apenas um deles pode se retirar se não concordar com o prosseguimento da sessão. Nunca passei por uma situação desse tipo de maneira explícita e gostaria de ouvir a opinião de vocês. Não tenho uma opinião totalmente formada sobre o assunto.

    Resposta 3 – Além do que falei algumas msg acima. Acrescento que nunca vi o encerramento de uma mediação pela razão da má fé. O que geralmente acontece é a não composição de um acordo, pois sim, o mediador precisa garantir o equilíbrio entre os mediandos, inclusive em caso de entendimento. Ao fazer o passo a passo de uma proposta, o mediador pode questionar os mediandos chamando atenção para cada decisão. E volto a dizer. Má fé é julgamento subjetivo do mediador, então é nosso dever partir do princípio da boa-fé. Inconsistências, podem ser resolvidas com boas técnicas de perguntas. Izabel

    Resposta 4 – Passei por uma situação como essa e foi bem difícil. Primeiro advogada da parte autora informou uma decisão de alimentos (que a princípio, a meu ver, parecia equivocada. Mas segui na boa fé). Segundo, a advogada orientava a cliente numa possibilidade de negociação querendo reunir valores arbitrados de vínculo e sem vínculo.( Inviável sem ofício e já sem vínculo). Enfim uma salada mista que por mais que tentássemos estabelecer e resguardar o direito do menor, foi inviável pelo descontrole emocional, da advogada. Tentamos remarcar, para que assim terem um tempo para buscar orientação processual e a outra parte procurasse um defensor ou advogado. O que foi negado, pela advogada. Enfim a parte sem advogado achou sua intimação finalmente e ao ler verificou que não estava igual ao que a advogada estava dizendo e optou em não continuar na mediação. Agradeceu por insistirmos para que ele procurasse a intimação e fizesse a leitura. Enfim devolvemos o processo… Fátima Marques

    Resposta 5 – Sempre acho que todos estão de boa-fé. Ao não entender alguma fala que possa me levar a um entendimento diverso, levo o mediando para uma individual, reafirmo nossos princípios e em seguida faço perguntas abertas para levá-lo a refletir sobre sua posição e, me trazer entendimento sobre o que não foi dito. Denize Boechat

    Resposta 6- Penso como todos que já responderam, sessões individuais, perguntas para checar. Acho que o mais importante é não presumir que há má fé, fazer esse julgamento e deixar ele conduzir o trabalho. Analice

    Resposta 7 – Bom dia! Concordo com todos os pontos de vista .Penso que só o fato das pessoas aceitarem estar em Mediação, aceitar conversar, ressignificar experiências mútuas ,é um ato que eu ainda não consigo exprimir com clareza sobre o que chega até a mim. Tenho muitas dificuldades em rotular esse ou aquele comportamento ,talvez eu seja volúvel, não sei .O fato é que ,até hoje, 11 anos de Mediação dentro e fora do Tribunal de Justiça não verti o meu olhar crítico aos comportamentos ou às narrativas ,pois ,como disse nas respostas anteriores ,aquelas situações não me pertencem e eu ,como mediadora .caminho em linhas paralelas com qualquer questão ou reflexo jurídico e/ou processual ,por isso defendo as práticas integrativas entre mediador e advogado, este último ,sim, poderá perceber a má fé das pessoas ,por conta do reflexo jurídico ,desta ou aquela atitude .. Terezinha

    Resposta 8 – É muito interessante abordar um dos princípios da mediação que é a boa fé, que se estrutura na confiança e que envolve a todos em todo o procedimento, desde a sua opção até a sua finalização. Sem esse princípio se torna prejudicial a sua continuidade. Mais interessante ainda é como lidar com essa situação e como agir. Penso ser indispensável a observação como os valores são exteriorizados, individualmente, e voltar a nossa percepção como se dá confiança com os valores de cada pessoa envolvida no procedimento. A colaboração surge quando a confiança é estabelecida, quando me sinto pertencente aquele sistema apresentado de forma transparente. Compreender as questões emocionais, os arquétipos e o entendimento de todos os envolvidos (direta ou indiretamente) naquela relação é fundamental.É uma tomada de decisão que envolve responsabilidade e se torna fundamental desenvolver o autoconhecimento que possibilitará novas conexões. Márcia Rosa

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    O que a mediacão não é?
    – Não é terapia.
    – Não e apenas um bate-papo.
    – Não é um processo judicial.
    – Não é Conciliação.
    – Não é balcão de conselhos.
    – Não é perda de tempo
    – Não é nuvem passageira, parafraseando José Augusto… veio pra ficar.
    – Não é terapia de casal
    – Não tem nada a ver com religião, respeitando a opção religiosa de cada um.
    – Não é desnecessária.
    – Não foi criada para diminuir o excesso de processos no Judiciário.
    – Não é um modismo inútil
    – Não é um processo simples de MASC. Requer muito foco.
    – Não é terapia ,mas é terapêutica.
    – Não é só ouvir.
    – Não é só silêncio.
    – Não é evangelização.
    – Não nos pertence ,somos apenas uma das peças transmissoras de uma engrenagem.
    – A mediação não é panaceia.
    – Mediação não é litígio, não é religião, não é regressão, não é disputa.
    – Mediação não é mi mi mi.
    – A mediação não é nova.
    – A mediação não pertence ao Poder Judiciário
    – A mediação não é mi-mi-mi; crença, religião, não é brincadeira, não é regressão, não é hipnose, não é nenhum curso de graduação, apesar de que o conhecimento jurídico ajuda muito, para que o Mediador Judicial sem usar do direito, mas que tenha o devido conhecimento para garantir a segurança jurídica, do ato praticado. A Mediação não é brincadeira, ela transcende as expectativas das partes e até de alguns advogados. O assunto é muito sério.
    – Mediação não é tudo o que já foi dito e somaria que não deveria ser instrumento de politicagem.
    – Não é concorrente da advocacia.
    – Mediação não é judicializacao do conflito
    – Mediação não é ação judicial
    – Não é perda de tempo.
    – Não é fogo de palha do sistema.
    – Não é remunerada
    – Divulgada suficientemente!
    – Aceita por uma grande parte dos juízes!
    – A mediação não é um voluntariado , precisa ser remunerada .
    – A mediação não tem merecido o devido cuidado com relação à sua oficialização e regulamentação da profissão
    – Preconceituosa!
    – Ofensiva
    – Mediação não é aconselhamento conjugal.
    – Não é instrumento procrastinatório
    – A mediação não é algo sem sentido.
    – A mediação não é feita de qualquer jeito.

    Obs: Compilação das respostas apresentadas no grupo de WhatsApp Perguntas Poderosas pelos seus inúmeros membros.

    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Pergunta complementar: Você acha que o conteúdo do texto publicado no endereço eletrônico abaixo também pode se aplicar, no todo ou em parte, às mediações virtuais? Se possível, justifique sua resposta.

    • Esta resposta foi modificada 2 anos, 10 meses atrás por Jorge Fernandes.
    Jorge Fernandes
    Mestre
    Número de postagens: 156

    Principalmente saber ouvir!!!
    E compreender mais as emoções doa outros.
    Colaboradora: Ivone Saraiva

    Bom dia. Se colocar no lugar do outro é mágico.
    Colaboradora: Rosângela Alakum

    Escuta ativa
    Colaboradora: Ana Lucia Marques

    Compreender as pessoas e o porque delas agirem de determinada forma.
    Colaboradora: Gisele

    Limpar a mente de julgamentos e abrir o ouvido e deixá-los falar (escuta ativa) , conforme já dito acima.
    Colaboradora: Eliana Mello

    Me ajudou a ser mais paciente e ouvir o outro
    Colaboradora: Iracema

    A perceber a dimensão da frase “as pessoas são diferentes umas das outras.” Pensam, sentem, vivem, agem e esperam coisas extremamente diferentes umas das outras.
    Colaboradora: Eliete

    Ouvir os anseios dos envolvidos a fim de chegar a um denominador comum para todos. Nada de brigas e oposicões.
    Colaboradora: Regina

    Márcia Barros: A não julgar, cada um tem a sua verdade. Todos tem suas razões e nós somos meros espectadores.

    Katia Floriano: Ainda espero o não julgamento! Estou a caminho! A mediação me trouxe esse ideal a seguir!

    Ana Paula: A Mediação me ensinou a tornar-me desnecessária.

    Márcia Barros: É libertador @Katia Floriano Med e vc leva isso pra sua vida também e suas questões, inclusive para aquele auto julgamento que as vezes fazemos de nós mesmos

    Jorge Fernandes: A mediação mudou a minha forma de ver o mundo e de quanto ainda preciso me aprimorar para me tornar um verdadeiro ser humano.

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